ESTIMULANDO O GH NATURALMENTE


Muita gente compra, e paga caro, pelos suplementos que prometem estimular a síntese desse hormônio, mas estes suplementos dificilmente cumprem com o que prometem. Então a alternativa seria comprar o GH de verdade. Claro. O problema está no preço, que é caríssimo. Então o que fazer? Há algum jeito de estimular a fabricação desse hormônio de forma natural? É o que vamos ver a seguir.

Um jeito correto e eficiente de aumentar os picos de GH está no treino intenso. E falo aqui de treino de verdade, não daquela perda de tempo de andar pela academia com a fichinha com a série e ir seguindo o treino como se estivesse lendo uma receita de bolo “3 de 10 ali, 3 de 10 aqui, 3 de 10 ali de novo, e pronto, nossa,estou malhando muito hoje”. Fala sério...

Quando você está treinando, acontece um pico de GH logo nos primeiros 15 minutos, que depois começa a cair, chegando aos níveis normais com até uma hora de treino. A idéia é manter esse pico inicial por mais tempo, alem dos 15 minutos do começo do treino. Primeiro você precisará usar uma carga de 85% de sua repetição máxima (aquele peso que você só consegue fazer uma ou duas repetições) e executar os exercícios com 6 a 8 repetições. O tempo de descanso entre as séries será de um a dois minutos, e todo o treino não deverá durar mais do que 45 minutos.

Existem vários motivos para que você treine com intensidade para obter esse ganho em GH. Com esse trabalho acontecerá a liberação de catecolaminas, que ajudam na síntese de GH. A concentração de ácido lático, ocasionada pela intensidade dos exercícios, diminuirá acidez do sangue, o que também eleva os níveis de GH. Então, quando sentirem aquela sensação de ardência, de queimação no músculo, já sabem que está acontecendo um alto estímulo de aumento de GH.

Quem treina sério já sabe a importância da proteína na dieta. Com a utilização de shakes de proteína, que tenham 0,18 gramas de proteína e 2,3 gramas de carbo para cada quilo de peso corporal e que sejam tomados imediatamente após o treino, e com essa dosagem repetida duas horas depois, já mostraram que podem causar um novo pico de GH. Já mostrei que o pico inicial de GH causado pelo treinamento intenso cai em cerca de uma hora, mas se você utilizar essa receita acontecerá mais um pico, cerca de 5 a 6 horas após o treino, que pode durar até uma hora, ou mais. Esse shake causa uma liberação de insulina em 30 minutos após a ingestão. A insulina ajuda a acelerar a síntese de proteína e a liberação de glicogênio muscular. Esse aumento rápido de insulina causa um estado de hipoglicemia, o que libera mais GH. E nas próximas 24 horas a liberação de GH causa a liberação de IGF-1 (insuline growth factor), outro hormônio poderosíssimo na construção de massa muscular. A conclusão é que a combinação de treino sério e o tempo apropriado da ingestão de proteína e carboidrato estimulam a síntese de outros hormônios tão importante quanto o GH, e até o dia seguinte.

Para finalizar, já se descobriu que pessoas com deficiência em GH também são deficientes em vitamina A. Com a adição dessa vitamina na dieta, seus níveis de GH já podem aumentar. O treino intenso consome vários de seus nutrientes, incluindo as vitaminas. Logo a complementação de vitaminas na dieta é mais do que importante.

Bom, agora que você leu sobre essas técnicas para o estímulo do GH, não adianta achar que vai começar a crescer de uma hora para outra fazendo tudo que estou dizendo. Tem que treinar sério, com intensidade, isso ainda é o mais importante nesse processo todo. Não interessa o quanto saibamos sobre maneiras de induzir a síntese de GH. Esse hormônio, assim como qualquer outro, é somente parte da equação. Você tem que ir a academia e causar o estímulo necessário. A melhor maneira de aumentar a produção de GH está no treino duro, pesado, intenso, e a suplementação correta na dieta.

Mas afinal o que é esta substância?

É uma substância liberada pela glândula pituitária em resposta à ação do GHRF (Fator de Liberação do Hormônio de Crescimento - ou growth-hormone releasing factor, mais sigla em inglês) liberado pelo hipotálamo. Tem a capacidade de promover a síntese de proteína e aumentar a conversão de carboidrato em energia. Como escreveu o amigo Mick Hart, em seu livro Steroids: The Layman´s Guide, é como se o GH dissesse para você: "Olha, eu vou cuidar de toda a distribuição de proteína do seu corpo. Vou enviá-la para os músculos que você estiver treinando, e ter certeza de que os grupos musculares, estimulados ou não, tenham a dosagem certa no tempo certo".

Outras substâncias são de grande importância na ação anabólica do GH, como os hormônios da tiróide, a insulina e a ingestão de carboidrato.

A liberação do hormônio acontece em fases, no decorrer das 24 horas do dia. Mais da metade da capacidade dessa liberação ocorre durante o sono.

Existem duas formas de GH sintético.

Biológica - a primeira a aparecer, elaborada através do tecido das glândulas pituitárias extraídas de cadáveres humanos. Ascellacrin e Crescormon foram os mais populares desses tipos. Hoje em dia são raríssimos, e já não são mais produzidos. Existem alguns boatos de que países do antigo bloco oriental da Europa, os remanescentes da União Soviética, ainda estariam produzindo esse tipo de GH, mas nada confirmado. Muitos dos problemas de saúde atribuídos ao uso de GH foram originados dessas drogas, que apresentavam o risco de carregarem vírus dos corpos utilizados na manufatura.

Sintética - as chamadas "recombinantes". Foram desenvolvidas depois de anos de trabalhos com cadeias de aminoácidos. As primeiras versões foram elaboradas pelos laboratórios Genentech, com o nome de Protropin. Algum tempo depois, a empresa Eli Lilly criou o Humatrope, que era considerado uma evolução em relação ao seu antecessor, já que apresentava uma pequena diferença na composição da sua cadeia de 191 aminoácidos, contra os 192 do Protropin. Essa modificação se mostrou muito mais segura e eficiente, sendo o padrão até os dias de hoje.

Assim como os esteróides, existem diversas histórias sobre os terríveis efeitos do uso de GH. E assim como os esteróides, a maioria não tem fundamento, e são originadas dos casos do sobrinho-da-empregada-do-porteiro-do-cachorro-da-mamãe que morreu de GH.

Mas um problema é sério e real. O desenvolvimento de câncer. Se o usuário tiver alguma célula cancerígena, que esteja parada, sem atuar, ao começar o uso de hormônio de crescimento, tal célula pode despertar, e a doença aparecer.

Outro risco, o da agromegalia, que é o crescimento desproporcional das extremidades, como a mandíbula, queixo, mãos, pode acontecer em usuários de ainda em fase de crescimento, e com dosagens absurdas.

VALE A PENA OU NÃO ?

Muitas pessoas se decepcionam com a droga. E aqui começa a confusão. Do mesmo jeito que os anabolizantes, a ação benéfica do hormônio depende de uma outra série de fatores, como o tipo de treinamento, a dieta e os horários da aplicação. Dosagens consideradas, em termos médicos, seguras, podem chegar a 2ui (unidades) por dia, ou 2ui dia sim, dia não. Isso só vai funcionar se o usuário for um atleta que já esteja com seu nível de gordura abaixo dos dois dígitos. A grande força do GH está na capacidade de conversão de carboidratos e gorduras em energia, o que permite ao usuário aumentar o número de calorias da dieta, e ainda assim não aumentar o percentual de gordura. Consegue crescer, mas com mais qualidade. Na verdade, em razão do alto custo da medicação, se adota essa prática de 2ui por dia. Não vale a pena. Minha opinião é que, ou você usa a droga direto, ou não. Usar desse jeito, por causa de dinheiro, é burrice. Pelo que se mostra entre os atletas, e aqui não estou me referindo só a quem treina com pesos, mas qualquer atleta, o uso mínimo é de 4 a 6 ui por dia, sendo que os mais radicais, os profissionais do fisiculturismo, podem chegar a 15,16 ui por dia ! E por períodos mínimos de 90 dias.

E o custo da brincadeira? Na farmácia, uma ampola com 4ui de GH vai sair por algo em torno de R$ 140,00. Entre os vendedores do mercado negro, é possível comprar por algo entre R$ 60,00 E R$ 80,00. Vamos considerar o preço de R$ 60,00. Como exemplo, você estaria usando essas 4ui todos os dias, de segunda a sexta, logo 5 dias da semana. Seriam R$ 300,00 por semana, R$ 1.200,00 por mês só de GH. Em um ciclo de 90 dias, você vai gastar só R$ 3.600,00. Isso em um exemplo bem abaixo do que os caras radicais recomendariam para valer. É possível que apareça um conhecido seu com uma fonte de vendas que te faça esse GH baratinho, uns R$ 30,00 por ampola. Desconfie. É muito comum que alguns hospitais, quando o prazo de validade vai chegando ao fim, queimem seus estoques nas mão de gente especializada nesse tipo de comércio. E são esses GHs que aparecem de repente com esses preços. Outro fator é que a substância precisa ser mantida em geladeira. Poucas horas de exposição a temperatura ambiente, e pronto, nada mais de GH, e esses também surgem nas mão dos vendedores a preços bem mais baixos.

Efeitos Colaterais :

Hipoglicemia - causada pela queda dos níveis de insulina. Um dos motivos do uso conjunto de GH com insulina.

Acromegalia - o crescimento irregular e desproporcional dos ossos. Só acontecerá se o usuário tiver predisposição ao problema, for menor de 21 anos (quando, em teoria, as epífises ósseas ainda não se fecharam) e utilizar doses exageradas a longo prazo. Alguns estudiosos já dizem que o GH não pode causar o problema, mas acelerar o acontecimento em pessoas que já tenham os sintomas da doença.

Dilatação das Vísceras - por motivos ainda não totalmente entendidos, o GH tem a capacidade de dilatar as vísceras, os órgão internos que ficam, principalmente, na região do abdômen. Daí a aparência dos fisiculturistas atuais, com o estomago hiper dilatado.

Síndrome do Túnel Carpal - dores e câimbras na região do antebraço, mais precisamente no pulso, em razão de algum tipo de pressão nos nervos. Nos casos mais graves, pode impedir o atleta de segurar o peso durante o treino.

Câncer - ainda existe muita discussão quanto a isso. Se o GH tem a capacidade de causar a doença, ou se, como no caso da acromegalia, ele apenas acelera um processo ainda estagnado. Alguns atletas profissionais desenvolveram leucemia e câncer de pele após o uso de GH, mas os números ainda não são suficientes para determinar se era uma problema pré-existente, ou se a causa foi o uso do hormônio. Na dúvida, fica o aviso.

Benefícios :

Novas Células - vários estudos estão mostrando que, o uso de GH por mais de um ano, pode fazer com que apareçam novas células responsáveis pelo aumento de fibras do tecido muscular, o que causaria a hiperplasia muscular. Isso quer dizer, que mesmo que o indivíduo seja sedentário, o GH pode causar hiperplasia. Imagine em um atleta.

Queima de Gordura - o efeito benéfico mais comprovado do GH. Mesmo em dietas hipercalóricas, e em pessoas sedentárias, o hormônio causa uma profunda redução no tecido adiposo. Essa é a grande razão do tamanho e da qualidade dos fisiculturistas profissionais dos dias de hoje. Eles podem aumentar sua ingestão calórica em números impensáveis a alguns anos, e ainda assim manterem seus percentuais de gordura com menos de dois dígitos. Já sabemos que nada é mais anabólico do que comida, e se você puder ingerir de 6.000 a 10.000 calorias por dia e não engordar, com toda a certeza vai virar o que na gíria dos bodybuilders é um freaky - uma aberração.

Fortalecimento dos Ligamentos - a multiplicação celular causada pelo GH não afeta somente a hiperplasia muscular, mas também a renovação dos tecidos que fazem parte dos ligamentos e tendões, eliminando as lesões consequentes do treino intenso.

Como usar e aplicar

Em qualquer parte do corpo em que você tenha tecido adiposo. Basta pinçar, puxar a pele e aplicar a injeção. Pode ser aplicado de maneira intra-muscular também, mas não é recomendado, pois isso faria com que a absorção acontece muito rapidamente, e você não se beneficiaria da queima de gordura localizada que o GH propicia. Por isso muitos aplicam no estomago, onde a quantidade de gordura é maior.

É sempre bom lembrar que o GH deve ser mantido em geladeira, não em congelador. O frio extremo, assim como o calor, destroem o GH.

Após a mistura ter sido feita - o GH vem em pó e deverá ser misturado em água esterilizada. Normalmente é vendido em kits com as duas coisas - poderá ser mantido na geladeira por até três dias, depois disso já perde sua validade. Alguns kits mais modernos dizem em sua bulas que podem ser armazenados em geladeira por mais de um mês.

Quando fizer a mistura, deixe a água cair com leveza na ampola de GH, não injete o líquido com força e rapidez. O GH, antes de ser misturado, e mesmo depois, é extremamente frágil. Depois da mistura ter sido executada, gire a ampola com suavidade até que o GH tenha se dissolvido, sem violência.

Dosagem

4 a 6 unidades de GH por dia devem trazer excelentes resultados. Muita gente prefere tomar por 5 dias seguidos, e descansar no fim de semana. Essa técnica tem mais a ver com o bolso, com a economia de dinheiro, do que com motivos de segurança. Se considerarmos que nossa produção natural fica em torno de 0.5 a 1.5 ui por dia, a dosagem de mais de 4 ui já é suficiente para duas coisas, trazer bons resultados e também risco de problemas.

Demora um tempo para que seus efeitos benéficos apareçam, logo o uso por pouco tempo não vale a pena. Usuários dizem que ciclos com menos de 90 dias são perda de tempo e dinheiro.

As Combinações

GH pode dar melhores resultados quando utilizado em conjunto com insulina, esteróides e hormônios da tiróide. Insulina torna-se extremamente eficiente durante o ciclo de GH, já que ambos se regulam, propiciando um estado anabólico sem igual. Bodybuilders começam com 5 ui de insulina por dia, e chegam até 7 ui. 7 a 10 ui pela manhã e 7 a 10 ui a tarde, após o treino, com as doses de GH no decorrer do dia.

Não se trata de qualquer tipo de prescrição de medicamentos, apenas de um estudo com o objetivo de trazer esclarecimento. Caso queira utilizar essa substância, procure um médico especializado.

Fisiculturistas profissionais fazem várias aplicações durante o dia, 3, 4 e até 5 vezes, mas é sempre bom lembrar que tratam-se de mega-dosagens, passando de 12 ui diariamente, e esse não é o caso de que vamos tratar, até porque ainda existem dúvidas da eficiência dessa quantidade de hormônio circulando, sem falar do custo absurdo dessa prática.

Já sabemos que o GH produz resultados muito mais expressivos quando combinado com Insulina, esteróides e hormônios da tiróide (t3). Outros, com medo das consequências do uso de Insulina, preferem a Metformina ou a Troglitazona, que também vão ajudar bastante. Essas substâncias ajudam na absorção de glicose e aminoácidos, e de maneira menos arriscada. E como isso é feito ? Para começar,a vida útil do GH no organismo ainda não foi precisamente determinada, podendo ir de 40 minutos até cerca de 6 horas, e por isso, ao contrário do que muitos costumam fazer, não deve ser aplicado antes de dormir, simplesmente porque será nas primeiras duas horas de sono pesado que nossa produção de GH tem seu pico, e o método de utilizar a droga antes de ir para a cama vai suprimir a produção natural do hormônio.

No caso do uso de testosterona, isso já deve começar em cerca de 2 semanas antes da primeira aplicação de GH, isso porque a maioria dos ésteres de testosterona vai demorar esse tempo para atingirem o pico dentro do organismo, e será nesse momento que o GH deve ser introduzido, para que a ação das duas drogas causem um forte estímulo de liberação de IGF-1. O segredo para isso é que ambos os picos de ação ocorram simultaneamente. O uso de hormônios da tiróide devem acontecer porque o GH tende a diminuir a ação dessa classe de hormônios.

GH e o estomago dilatado - mito ou fato ?

Existe muita história em torno da aparência dos fisiculturistas dos dias de hoje, em relação a circunferência da cintura, que em alguns casos lembra uma grávida. Algumas teorias dizem que isso acontece em razão do uso do GH, que não era acessível aos atletas do passado. Pode ser ? talvez. Se analisarmos as diferenças entre os atletas de hoje, e os mais antigos, principalmente três coisas diferem:

1. Uso pesado da combinação de GH e Insulina

2. Grande aumento da ingestão de calorias, sem aumento do percentual de gordura.

3. A incapacidade de manter a cintura fina.

Diante dessas observações, a conclusão é que esses fatores, em conjunto, são os responsáveis pela aparência física de hoje. Atualmente não é difícil um atleta competir com 100 kgs ou mais, estando com seu percentual de gordura baixo. Isso porque o sujeito é capaz de uma altíssima ingestão calórica, sem aumento do percentual de gordura. A consequência é a dilatação do estomago, que não foi preparado para esse aumento calórico diário.

GH e IGF-1
Talvez o efeito mais importante causado pelo IGF-1 (insuline growth factor) esteja no aumento da síntese de proteína, através do aumento de mRNA (estímulo da síntese de proteína através do aumento da absorção de aminoácidos). Esse processo anabólico está ligado a quantidade de circulação de GH no organismo. Pouco GH, pouco IGF-1.

O aumento de GH de maneira artificial, no entanto, pode comprometer a secreção de IGF-1, então alguns pesquisadores defendem que se use algum esteróide oral, dos alquilados no posição c-17, como o Dianabol e o Anadrol, que tem a capacidade de estimular a liberação de IGF-1 no momento da primeira passagem pelo fígado.

Então, para resumir, o uso de GH tem grande influência na redução do percentual de gordura. E alem disso auxilia em todo o processo de síntese de proteína. Então se você não tem a pretensão de competir, mas já alcançou um volume corporal significativo, o uso moderado, de 2 a 4 ui podem ser de grande ajuda nesse objetivo. E se o caso é crescer, ganhar muito peso, o uso do GH pode permitir a alta ingestão calórica, sem que haja risco de aumento do percentual de gordura, e aí seria um mínimo de 4 ui por dia.

Também é importante lembrar do custo altíssimo da droga, e que sem a dieta e o treinamento adequado, pode apenas se tornar perda de dinheiro.

FONTE: WWW.TREINOPESADO.COM.BR